Você já vivenciou aquele momento em que está tão presente que tudo ao seu redor parece desaparecer? Quando você está tão imerso na situação que sente uma comunhão de sentimentos com todos à sua volta? Esse estado é conhecido como “Flow”, e o conceito foi desenvolvido pelo psicólogo húngaro-americano Mihaly Csikszentmihalyi, renomado pesquisador em felicidade e criatividade.

A forma como nos envolvemos em uma atividade pode nos conduzir a essa sensação de plenitude, como surfar na crista de uma onda. Segundo Mihaly, as pessoas tendem a ser mais felizes quando estão ativas, participativas e engajadas em realizações.

Experiências imersivas e interativas proporcionam essa sensação de “fluxo”, e é esse estado que os criativos buscam cultivar, pois é uma maneira eficaz de estabelecer conexões entre a marca e o consumidor, gerar engajamento, atrair mais pessoas e fidelizar o público envolvido nessas ações.

Quando uma marca oferece ao cliente uma experiência personalizada, diferenciada, baseada em um estudo profundo de seu comportamento e expectativas, ela se destaca como um diferencial competitivo em relação aos concorrentes.

A tendência do marketing experimental tem sido adotada por marcas como FILA, Hello Kitty, Toy Story, Bvlgari e Atari, que investem na criação de hotéis temáticos para proporcionar aos clientes e prospectos um universo imersivo vinculado à cultura da marca.

Experiências prazerosas são recompensadoras, e o setor hoteleiro, percebendo essa tendência, observa um aumento de marcas investindo em marketing experimental. Por exemplo, em Chicago e Montreal, há um revival completo do Baile da Rainha, proporcionando aos fãs da série uma experiência imersiva que evoca a sensação de participação e pertencimento.

Empresas como Spotify também adotam estratégias imersivas, como playlists que oferecem experiências interativas, incluindo depoimentos de atores e informações relevantes ao longo de cada canção.

No Brasil, a The Walt Disney Company anunciou a chegada do “Mundo Pixar”, uma experiência imersiva que promete ser a maior já realizada por eles. A venda de cotas de patrocínio já é um sucesso, destacando a importância crescente dessas experiências na área comercial.

Atualmente, a busca por imersão e envolvimento é intensificada, com profissionais de Yale estudando uma teoria matemática para ampliar a imersão em diversas tarefas. Independentemente dessas ferramentas promissoras, o uso de novas tecnologias certamente injeta uma nova energia nos negócios.

A capacidade de interação, seja virtual ou presencial, promete facilitar a troca de conteúdos colaborativos, fortalecendo a relação entre cliente e marca. O conceito de metaverso, por sua vez, promete conteúdos interoperáveis, ultrapassando os limites da computação e elevando os universos virtual e físico a novos patamares.

Em resumo, entrar no estado de “Flow” significa criar experiências imersivas e criativas, levando os clientes a surfarem na onda da marca, proporcionando momentos de total envolvimento e satisfação.